Computação Verde

Computação verde, ou TI Verde, é a prática de computação ecologicamente sustentável.  Em 1992, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA lançou o Energy Star, um programa cujo objetivo era reduzir a quantidade de energia consumida por um produto ao automaticamente ligá-lo em modo “dormir” quando não em uso ou reduzir a quantidade de energia usada por um produto quando em modo “standby”, promovendo assim a eficiência energética em monitores, equipamentos de controle do clima, e outras tecnologias. O termo “computação verde” foi provavelmente cunhado logo após o início do Energy Star, e existem vários posts na rede de comunicação USENET utilizando esse termo.

A crescente degradação ambiental com as desenfreadas emissões de gás carbônico e o desperdício constante de energia torna-se necessário o uso da tecnologia de tal forma que ao mesmo tempo não agrida o ambiente e também ajude a preservá-lo.

Segundo uma entrevista dada a UnB pelo reconhecido pesquisador alemão na área de TI Verde, Reiner Hartenstein, a Internet tem maior participação no aquecimento global do que o tráfego aéreo. A tecnologia de informática atualmente é responsável por 2% de todas as emissões de dióxido de carbono, tanto quanto todo o tráfego aéreo. Em 2006, segundo um estudo encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente alemão, os cerca de 50 mil centros de computação da Alemanha consumiram tanta eletricidade quanto uma usina nuclear era capaz de produzir no mesmo intervalo de tempo. Além do mais, os grandes data centers já consomem quase 1% de toda a energia elétrica gerada no planeta.

Dados como esses evidenciam a necessidade da prática da Computação Verde cujo objetivo é “prática de projeto, fabricação, uso e descarte de computadores, servidores e subsistemas associados, tais como monitores, impressoras, dispositivos de armazenamento e de rede e sistemas de comunicação, de forma eficiente e eficaz com um mínimo ou nenhum impacto sobre o meio ambiente.

TI Verde também se esforça para alcançar a viabilidade econômica e melhor desempenho e uso do sistema, respeitando as nossas responsabilidades sociais e éticas. Assim, a TI verde inclui as dimensões da sustentabilidade ambiental, a economia da eficiência energética e o custo total de propriedade, que inclui o custo de eliminação e reciclagem. É o estudo e a prática da utilização de recursos computacionais de forma eficiente. ” [1]

Alguns exemplos simples, mas eficientes dessa prática já estão no mercado, como reciclagem criativa de cartuchos, o célular biodegradável da Samsung,e um pendrive reciclado anunciado pela CeBIT.

Durante o período de 18 a 22 de outubro está acontecendo o anual Seminário de Engenharia de Computação da Universidade de Pernambuco e o tema da atual edição é Computação Verde. É mais uma tentativa de divulgar e conscientizar a sociedade sobre a importância do desenvolvimento sustentável associado a tecnologia.

A Computação Verde vem assim com a promessa de minimizar os impactos das tecnologias no meio ambiente e ao mesmo tempo não impedir o seu avanço.

Referências:

1.  San Murugesan, “Harnessing Green IT: Principles and Practices,” IEEE IT Professional, January-February 2008, pp 24-33.